Quando o fotógrafo húngaro Robert Capa usou o termo “geração X” para descrever os jovens em 1950, os coortes demográficos passaram a se dividir por letras. Os zoomers da geração Z costumam ser definidos como os nascidos entre 1990 e 2010.
A geração do “cringe” e do TikTok é a primeira a se desenvolver com acesso à internet e, por isso, ganhou o apelido de “nativos digitais”. O desenvolvimento dos recursos tecnológicos nos últimos anos está muito associado a esse público.
A ideia do texto é contar sobre quem é a geração Z, qual é a sua relação com as mídias sociais, como essa geração está ligada ao consumo de vídeos e mídias digitais e vários outros pontos. Confira!
A geração Z é a que sucedeu a geração X e os millenials e se caracteriza como um coorte mais tecnológico e avesso ao risco. Também é um grupo mais consciente, mais conectado e mais ligado aos dispositivos eletrônicos. Essa proximidade com a tecnologia criou outras hipóteses de nomes.
Por exemplo, “net gen”, “geração da internet” e “iGen”. A geração é a primeira a nascer após a popularização da internet, tendo como termo informal “zoomer”, similar à abreviatura dos baby boomers. Essa turma cresceu interagindo com as inovações da informática e com os jogos virtuais.
A maior parte das pessoas da geração Z tem pais da geração X, pessoas que nasceram entre 1965 e 1980. Os “xers” acompanharam várias mudanças sociais e transmitiram para os filhos. Isso inclui uma cultura em que o divórcio era uma atividade mais aceita, assim como a participação materna no mercado de trabalho.
A geração X era um grupo social de ruptura, entre os boomers aos filhos da geração que acompanhou a Segunda Guerra Mundial (boom!) e os millenials, cujo nome tem a ver com a virada do milênio. Esses viram a chegada da internet e estavam mais preocupados em encontrar felicidade e realização pessoal.
Diferentemente da anterior, os millennials não pensavam em ficar a vida inteira na mesma empresa e estavam mais preocupados com sua realização. A geração Z herdou esses ensinamentos de mudança cultural e assimilaram de forma rápida as mudanças da internet. Assim, o grupo é bem habituado às redes.
Aqui, entram Twitter, Instagram e Facebook. Mas a geração Z se adapta rapidamente às tendências e à comunicação rápida, se dando bem com redes de interações virtuais diretas, como Snapchat e TikTok. Um termo que é associado à turma é o “cringe”, usado para se referir às coisas que geram uma sensação de vergonha alheia à quem observa.
Embora as recomendações pessoais ainda pesem na hora de comprar algo, a geração Z é fortemente influenciada pelos criadores de conteúdo. As compras acontecem a partir de uma mistura de fontes online, que inclui as análises na internet e as opiniões dos consumidores nas redes sociais e sites.
Muitos produtos são descobertos pelas próprias mídias, a partir da publicidade feita pelos influenciadores. O YouTube e a Twitch são fortes exemplos de canais de comunicação usados para análise de produtos, assim como as redes sociais como o Instagram, o Facebook e o TikTok. Itens de beleza, e review de produtos, por exemplo, estão entre os que mais fazem sucesso.
Existem várias razões pelas quais isso acontece e uma das principais é a relação de confiança que os usuários criam com os influenciadores. Hoje, é comum encontrar um modelo de marketing que depende da criação de um vínculo, fazendo com que as indicações sejam potencializadoras.
Com 2,38 bilhões de dólares em faturamento já em 2019, o marketing de influência se tornou um modelo consolidado para dialogar com público de nichos por meio dos influenciadores. Em redes sociais como o Instagram, posts e stories são um meio de se conectar com os zoomers.
Geralmente, o foco do marketing de influência é de pequenas comunidades. Aqui, o engajamento das redes facilita a interação com os influenciadores, trazendo um potencial maior para conversão e alcance.
A vantagem é o fato de que a estratégia pode ser feita por microinfluenciadores — pessoas que têm uma audiência menor, mas que são mais próximas dela. Assim, o investimento das empresas é certeiro e econômico.
A geração Z é nativa digital. Isso significa que os membros cresceram na era da informação e se adaptam facilmente aos estímulos virtuais e a dispositivos como computadores e celulares. Esses são diferentes dos chamados “imigrantes digitais”, pessoas que cresceram em uma realidade marcada pela imprensa e pela televisão tradicional.
Esses, tiveram que se adaptar para se dar bem com o uso tecnológico. A geração Z é mais inclusiva, menos preconceituosa, se prende menos às barreiras geográficas e tende a preferir experiências às coisas materiais. A ideia de natividade digital surgiu inicialmente por meio do ativista norte-americano John Perry Barlow, ainda nos anos 1990.
O autor norte-americano Marc Prensky pegou o termo emprestado e popularizou ao notar que a geração de alunos do país entendia mais facilmente a linguagem digital da internet, dos computadores e dos videogames. Isso cria um conflito geracional que influencia também nas empresas, já que a geração Z também é uma consumidora de produtos.
Com a popularização da internet, que aconteceu principalmente nos anos 2000, os zoomers se expuseram a uma quantidade sem precedentes de tecnologia ainda na infância. Assim, com os celulares contando com um crescimento exponencial com o passar do tempo. Por isso, a internet ajudou a geração Z a escapar dos problemas da vida offline.
Os smartphones também são uma forma de extravasar o tédio e o acesso à tecnologia tem se tornado precoce. As redes sociais se integraram à rotina dos zoomers, sendo uma forma recorrente de manter contato com a família e o círculo social. Assim, os relacionamentos online se tornaram um marcador da geração.
As redes ainda são uma ferramenta de construção de identidade, com vários jovens usando para criar relações com pessoas que não conheceriam sem as redes. Mesmo quando a plataforma não é satisfatória para os zoomers, a tendência é continuar o uso principalmente por ser um meio de manter a socialização com os amigos.
A comunicação rápida é encabeçada por aplicativos como Snapchat, Vine e TikTok, com o último superando o Instagram em termos de popularidade para os zoomers. Assim, a ideia tem ganhado espaço com a tendência à “hiperconectividade”. O termo é fruto dos canadenses Anabel Quan-Haase e Barry Wellman.
Assim, revela a unificação da comunicação, envolvendo mensagens, contato pessoal, e-mail, serviços de informação e por aí vai. Desse modo, a hiperconectividade parte do princípio de que as coisas que podem se comunicar de forma virtual acabarão inevitavelmente fazendo isso.
Alguns fatores dão pistas. Por exemplo, o uso recorrente dos smartphones, a chegada dos dispositivos sem fio, a venda de módulos para dispositivos wireless e o envio massivo de e-mails. Isso fez com que boa parte das empresas que querem abordar a geração Z colocasse a hiperconectividade no centro da estratégia de negócios.
A pandemia de covid-19 e a proximidade da geração Z com as mídias digitais fez com que conteúdos em vídeo bombassem nos últimos anos. Segundo um estudo da Kantar Ibope Media, mais de 204 milhões de brasileiros consumiram vídeos em 2020, com um aumento no consumo diário.
O Brasil é acima da média no consumo de vídeos online, mesmo quando o serviço de streaming não era gratuito. Nos três anos anteriores a 2021, o acesso aos vídeos passou por um crescimento de 84%. Embora os serviços gratuitos sejam os mais acessados, a chegada de novos streamings mexeu com o consumo da mídia.
Com a democratização do acesso às plataformas de vídeo, os serviços passaram a complementar o consumo tradicional. Um usuário de streamings pagos chega a passar 1 hora e 49 minutos, em média, consumindo conteúdos do serviço. Isso mostra que o meio já é bem difundido no país.
A geração Z se comunica de forma rápida e direta, usando predominantemente vídeos e emojis. Com quase a totalidade dessa população conectada à internet, os zoomers usam o meio por mais dispositivos e gastam mais tempo. Os dados da Kantar Ibope Media também revelam uma diferença de mais de 1 hora entre a população comum e a geração Z.
A velocidade é enfatizada pela presença de redes de comunicação rápida, como Instagram, TikTok e Twitter. Assim, se mantendo bem acima do total da população. Isso faz com que as redes sejam um canal reconhecido para se comunicar com o público jovem, mesmo para empresas que não tenham apenas esse público-alvo.
Esse público se relaciona de forma diferente com as marcas, com outras dimensões de engajamento. Se menos de um terço da população comum seguem marcas nas redes sociais, mais da metade dos zoomers são engajados com as empresas. Além da predominância dos vídeos, o público se dá bem com os áudios.
Os zoomers aumentaram a presença de alguns tipos de mídia e influenciaram no desenvolvimento tecnológico e nas tendências de marketing digital para os próximos anos. Você já vai entender como isso funciona.
O TikTok superou as marcas do Instagram para a geração Z em 2021, enquanto o Snapchat também segue na disputa pelo público. Isso é associado ao apelo visual das redes e ao consumo rápido de vídeos. O TikTok também superou o Facebook no ranking de apps mais baixados do mundo.
O sucesso rápido dos conteúdos também se deve às tendências virais. O app popularizou uma variedade de conteúdos, passando por memes, vídeos engraçados e sons com sincronização labial. Isso por meio de vídeos curtos e de edição simples, com músicas e filtros diferentes.
Em 2019, o Instagram testou o Reels no Brasil, como uma funcionalidade similar ao TikTok. Mas foi oficialmente lançado pela primeira vez na Índia, após o TikTok passar pela proibição no país. Esses recursos impulsionaram ainda mais o consumo de vários tipos de vídeo pela geração Z, já que uma reprodução passou a caber em um espaço muito curto de tempo.
A busca por pequenos influencers que estão mais próximos da realidade do público também aparece como uma tendência. No marketing de influência, as empresas apostam em influenciadores que promovem e usam sua influência social em um público especializado. Por exemplo, influencers de moda divulgando marcas de roupa.
Os influencers são pessoas que fazem diferença nos hábitos de compra do público, a partir de um conteúdo próprio e patrocinado. Isso é feito por meio de plataformas online, como Instagram, Snapchat ou YouTube. No marketing de influência, as marcas escolhem influencers com credibilidade e um público já conhecido.
O modelo não se baseia na promoção explícita de um produto, mas na interação aberta com um público. Os influencers tem impacto sobre os clientes em potencial, ajudam a moldar as decisões de compra, são conectados e ajudam a formar as tendências da geração Z.
As tecnologias digitais feitas para criar a ilusão de um mundo que não existe também é interesse para a geração Z. A realidade virtual simula experiências que podem ser similares ou diferentes com o mundo real, podendo ter usos de entretenimento, de educação, corporativo e vários outros.
O termo voltou a ficar popular graças às apostas no metaverso, a tecnologia dos mundos digitais 3D que focam em interações digitais. O grupo Facebook, por exemplo, mudou o nome para Meta Platforms, focando em enfatizar os investimentos no metaverso que a empresa começou a fazer.
A realidade virtual depende principalmente de óculos projetados para isso, com a emissão de sons e outros estímulos realistas. Na realidade virtual, é possível olhar ao redor e interagir com o ambiente artificial. Em alguns casos, o efeito também é fruto de salas específicas para isso.
As comunidades virtuais fazem sucesso entre os zoomers por ser uma forma de interação social, mexendo com o senso de pertencimento dos usuários. Nas comunidades, as pessoas se conectam principalmente por redes sociais, contornando barreiras geográficas e políticas, além de compartilhar o mesmo objetivo.
O principal foco é a interação. Em alguns casos, de forma segmentada, mantendo o foco em um mesmo interesse. Outras comunidades surgem meramente para a interação. Assim, recursos como as mensagens e as salas virtuais de chat estão entre as principais formas de comunicação.
Os especialistas no assunto há alguns anos consideram que as comunidades virtuais tendem a ganhar mais poder. Por isso, a geração Z valoriza o pertencimento, com a abordagem por vídeos que dialogam com sua comunidade se mostrando uma das mais eficientes.
Você sabia que 4 bilhões de pessoas tiram o smartphone do bolso mais de 200 vezes por dia? Com mais da metade da população mundial adepta, o celular é um vício moderno e a geração Z é a maior usuária. Por isso, adaptar os conteúdos considerando o crescimento do mobile é uma estratégia viável.
Os smartphones inovaram ao unir funções de computadores e de celulares tradicionais. Assim, contam com sistemas operacionais similares aos usados no desktop. Por isso, funções que eram tradicionalmente dos computadores passaram a ser possíveis nos dispositivos móveis.
Isso inclui navegação na web e multimídia. A predominância dos smartphones fez com que mecanismos de busca, como o Google, penalizassem os sites que não se adaptam à navegação mobile, favorecendo o ranqueamento do design responsivo. Por isso, se comprometer com uma estratégia que ignore o mobile é apostar em um público restrito.
A geração Z é mais sensível ao ativismo social e à inclusão do que as anteriores. Por isso, uma forma de conquistar alguns zoomers é apostar em recursos alternativos nos conteúdos, trazendo humanização e acessibilidade. Tornar um conteúdo acessível envolve, por exemplo, facilitar a vida de quem tem alguma deficiência.
Isso pode ser feito colocando em prática ideias de acessibilidade na web. Por exemplo, por meio da codificação de um site com equivalentes em textos para as imagens. Assim, programas que convertem texto em voz se tornam capazes de ditar o conteúdo da imagem para alguém com deficiência visual.
Outro exemplo é o sublinhado de links. A utilidade é fazer com que pessoas daltônicas possam perceber que uma parte do texto é clicável. Por ser antenada com o conteúdo em vídeo, as legendas são uma boa forma de fazer com que o consumo seja acessível para os zoomers com problemas de surdez.
A geração Z é um segmento que se engaja pelas redes sociais e tende a crescer como público consumidor conforme a população cresce e ganha poder de compra. Você já vai ver como isso funciona.
O marketing de influência leva em conta o nível de conhecimento especializado do influencer ou sua influência social. Nesse caso, os influenciadores trabalham com sua capacidade de afetar os hábitos de compra do público — com base em sua credibilidade e audiência estabelecida.
Os influenciadores costumam ser pessoas persuasivas, conhecidas e com capacidade de influência social. Aqui, vale ficar atento ao comportamento do influenciador, já que o nome da sua marca vai estar associado a ele.
Embora a estratégia tenha relação com o influenciador, não é só sobre ele. Por isso, você pode explorar outros canais, cruzar campanhas e apostar em combinações. O ideal é pensar em como elevar o alcance da mensagem.
Os gatilhos mentais estimulam a tomada de decisão nas pessoas. Assim, seu objetivo é criar uma resposta emocional no público, indicando a realização de uma ação. Você pode explorar, por exemplo, o gatilho da prova social por meio de depoimentos, convencendo as pessoas de que seu produto realmente pode fazer diferença na vida delas.
Por meio de vídeos de marketing de conteúdo, é possível atrair os zoomers com o gatilho de autoridade. Assim, sua empresa se posiciona como expert em algum assunto. As promoções com tempo limite por vídeos são uma forma de acionar o gatilho de escassez, já que explora o medo de perder uma oportunidade no público.
Outro gatilho possível é o da curiosidade. Aqui, você pode fornecer informações para interessar o público, mas solicitar a reprodução do vídeo inteiro para saber o resto. Assim, é possível fazer o público se envolver durante a reprodução inteira. O storytelling é outra estratégia viável, na qual o vídeo explora uma narrativa com componentes emocionais.
A roteirização de vídeos é um elemento presente na produção audiovisual há muitos anos. Isso vai desde o conteúdo em TV até os vídeos mais simples produzidos no YouTube. Roteirizar é um investimento no refinamento da mensagem, deixando os pormenores já claros antes da filmagem. Os roteiros ainda otimizam o tempo.
Assim, você pode contar com um prazo de filmagem mais curto. Um dos pontos fortes da roteirização é a possibilidade de elaborar e reforçar o storytelling, ou seja, a narrativa do vídeo. Desse modo, fica mais fácil estabelecer como as coisas vão ser contadas. O público-alvo se beneficia, já que se é possível alinhar com o roteiro.
O roteiro ainda é uma oportunidade para adaptar a linguagem. Se você vai dialogar com a geração Z, por exemplo, o ideal é investir em uma forma de comunicação que faça sentido para esse público. Assim, roteirizar é uma forma de garantir que sua produção não vai se basear na intuição e no improviso.
O social media é o profissional que gerencia as mídias sociais de uma empresa. Por meio dele, há um apoio que envolve a criação das páginas, a definição da persona, a publicação dos conteúdos e várias outras atividades. O profissional também planeja as estratégias do perfil e está por trás do sucesso de vários influencers.
Às vezes, responder dúvidas de seguidores também é uma tarefa do social media. Assim, o profissional enfatiza a melhor resposta seguindo o tom de voz que a empresa quer demonstrar. Uma estratégia de social media ainda envolve a análise dos indicadores para observar os resultados da marca.
Um social media ajuda a definir os canais e os tipos ideais de conteúdo, com foco para os textos, os materiais interativos e as imagens. Vale ter em mente que não só o social media cuida dos conteúdos, mas os profissionais específicos, como os produtores de vídeos, também têm um papel importante. Você vai ver mais no próximo tópico.
O conteúdo audiovisual é o que melhor dialoga com a geração Z. Por meio dele, você pode desenvolver uma comunicação que promove um efeito emocional no público. A vantagem de contar com a ajuda de uma produtora criativa é o apoio de profissionais especializados e experientes para produzir os vídeos que mais fazem sentido para sua marca.
A geração Z já nasceu conectada e o acesso à tecnologia tem se tornado mais precoce. Assim, há mais engajamento em causas sociais e presença nas redes, sendo os primeiros a ficar por dentro das tendências.
Apostar em presença nas redes e em produção audiovisual não é apenas um investimento na crescente geração de consumidores zoomers. A geração Alpha, de pessoas que nasceram entre 2010 e 2025, é o futuro público digital que vai ditar tendências.
A geração Z tem uma forma de comunicação própria, usando uma linguagem direta e bem específica. Por isso, você pode considerar a parceria com uma produtora criativa que entende do assunto. A Guerrilha produz vídeos para marcas e tem know how em entretenimento e publicidade. Você pode saber mais acessando o site!
Com mais da metade do planeta utilizando redes sociais, talvez seja difícil encontrar alguém que não tenha um perfil em, […]
Você tem real dimensão do impacto das redes sociais na sociedade atualmente? Com dados em mãos, é possível identificar quanto […]
Os vídeos são um dos formatos mais buscados pelas pessoas nos últimos anos, devido seu dinamismo e interatividade. Essa alta […]